Mary Cunha,gosto de criar e recriar

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Qualquer coisa que vejo vira arte... Tenho 60 anos,já nasci fazendo arte. Gosto de ensinar tudo que sei.Meu objetivo é lançar sementes para dar outros frutos. Dou aula de artesanato para "crianças " acima de 60 anos e tb para a comunidade.Fico feliz qdo eles aprendem.Isto é gratificante!

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domingo, 15 de maio de 2011

ELOGIAR FAZ MUITO BEM PARA O IDOSO!





Estudo mostra que cérebro diminui 10 anos antes do diagnóstico de Alzheimer
Da AFP(cidades@eband.com.br)


Algumas partes do cérebro afetadas pelo Mal de Alzheimer começariam a encolher até dez anos antes de esta degeneração cerebral incurável ser diagnosticada, segundo um estudo divulgado nos Estados Unidos.

Embora sejam resultados preliminares, os pesquisadores consideram que esta descoberta poderá permitir um dia, com a ajuda do IRM (Imagens por Ressonância Magnética), determinar quais são as pessoas que apresentam maior risco de desenvolver a doença, muitas vezes hereditária.

Para sua pesquisa, os médicos mediram com IRMs as áreas do cérebro geralmente afetadas pelo Mal de Alzheimer de 64 pessoas saudáveis, sem problema de memória ou outros sintomas de demência. Eles as acompanharam durante um período que vai de sete a onze anos.

Eles constataram que os indivíduos com menor espessura do córtex - camada cinza que contém os neurônios, essenciais às funções cognitivas, sensoriais e motoras - representavam um risco maior de sofrer do Mal de Alzheimer em comparação com aqueles com essas mesmas partes do cérebro mais espessas.

Além disso, no grupo de onze participantes que tinham essas áreas cerebrais mais modestas, 55% desenvolveram o Mal de Alzheimer.

Em troca, nenhum paciente no grupo de nove pessoas com os maiores tamanhos dessas mesmas partes do cérebro sofreu de Alzheimer, indicam os pesquisadores que apresentaram o seu estudo na revista Neurology, publicação da American Academy of Neurology.


Mal de Alzheimer deve pesar cada vez mais na economia mundial
Da AFP(cidades@eband.com.br)


O mal de Alzheimer deve pesar cada vez mais na economia mundial nos próximos anos, apontaram nesta quinta-feira especialistas reunidos no Congresso americano, em Washington.

Entre 24 e 37 milhões de pessoas já vivem com a doença, incurável, um número que pode chegar a 115 milhões até 2050, explicaram os especialistas diante da comissão de Assuntos Externos da Câmara de Representantes.

O mal de Alzheimer "é a mais grave crise sanitária e social do século de XXI", declarou Daisy Acosta, presidente da associação Alzheimer's Disease International, sediada em Londres.

Acosta avaliou em 604 bilhões de dólares os gastos relacionados à doença em 2010, o equivalente a 1% do PIB mundial. "Se fosse um país, seria a 18ª economia do mundo em termos de PIB", observou.

Porém, as verbas utilizadas para a pesquisa são mínimas em relação a outras doenças, observou Bill Thies, da Alzheimer's Association.

"Investimos seis bilhões de dólares por ano na luta contra o câncer, quatro bilhões contra as doenças cardiovasculares e dois bilhões contra a AIDS. Já a pesquisa para o mal de Alzheimer movimenta apenas 450 milhões de dólares", apontou.


Remédio para mal de Alzheimer estará disponível no SUS a partir de 2011
Da Agência Brasil


Os brasileiros poderão contar, já a partir de 2011, com a distribuição gratuita do medicamento genérico Rivastigmina, para combate ao mal de Alzheimer. O remédio será produzido pelo Instituto Vital Brasil (IVB), de Niterói, e estará disponível na rede do SUS (Sistema Único de Saúde).

O medicamento em cápsula já está em fase de testes e, até abril do ano que vem, começa a ser produzido para o Ministério da Saúde em uma parceria entre o IVB e a Laborvida, empresa que venceu a licitação pública. A gerente de Desenvolvimento de Produção de Medicamentos do IVB, Tereza Lowen, informou nesta sexta-feira à Agência Brasil que o medicamento na forma de solução oral terá um lote piloto em outubro deste ano.

Mas, somente após os testes de equivalência farmacêutica, estará apto para se credenciar ao registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Tereza acredita que a produção da solução oral do Rivastigmina chegará ao mercado no segundo semestre de 2011. A Rivastigmina reduz o ritmo de evolução da doença. “Faz com que a evolução fique mais lenta e melhora a parte cerebral. Melhora o desempenho do idoso nas questões de memória, de locomoção", disse a gerente.

Incidência

O IVB será o único laboratório oficial a produzir esse medicamento para o governo federal. Atualmente, o Ministério da Saúde compra o remédio de uma empresa privada. Com a produção pelo IVB, haverá economia para o ministério.
A incidência da doença de Alzheimer é grande no Brasil. Ela prevalece entre 4% e 5% das pessoas com idade acima de 65 anos. “E, a partir dos 90 anos, [acomete] 50% das pessoas”. No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas sofrem do mal.

A perspectiva de acesso mais barato à medicação é positiva para os doentes, avaliou Tereza. Um frasco de 120 ml do remédio custa hoje, nas farmácias e drogarias, mais de R$ 400 e contém poucas doses. Para o ministério, o frasco da solução oral sai por R$ 202,39.

Sintomas

O preço do medicamento em caixas com 28 cápsulas varia, para o governo, de R$ 2,58 por cápsula de 1,5 miligrama até R$ 3,40 por cápsula de seis miligramas. Segundo a especialista do IVB, são necessárias, em média, duas doses diárias por paciente. “Normalmente, você começa o tratamento com uma dose baixa de 1,5 miligrama e vai aumentando gradativamente até chegar a seis miligramas”.

O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, ainda sem cura, que age de maneira silenciosa. Se caracteriza pela perturbação de várias funções cognitivas (relacionadas ao cérebro), entre as quais memória, atenção, aprendizado, orientação e linguagem. Os sintomas, em geral, são acompanhados por deterioração da parte emocional, da motivação e do comportamento social.




Prevenção do mal de Alzheimer.





Até pouco tempo, pensava-se que uma das conseqüências do envelhecimento do cérebro seria a perda de neurônios. Estudos realizados nos últimos anos comprovaram, porém, que isso não ocorre se o órgão for estimulado por atividades intelectuais. Quanto mais se pensa, melhor
o cérebro funciona. Entre os jogos p/ mente, estão o xadrez, o gamão e resolver palavras cruzadas.

De acordo com o psicólogo Paulo Rogério Morais, mestre em psicobiologia pela Universidade Federal de São Paulo e professor da Universidade Federal de Rondônia, há vários relatos na literatura especializada sobre os exercícios intelectuais. “As revistas de passatempos estimulam o intelecto, alterando as células cerebrais e criando novas conexões entre elas”, explica. “Essas alterações relacionam-se ao desenvolvimento comportamental, especialmente nos primeiros anos de vida”.
Um artigo recente do The Journal of the American Medical Association observou que atividades mentais desafiadoras combateriam o mal de Alzheimer. Outro estudo, do New England Journal of Medicine, em 2003, mostrou que as palavras cruzadas previnem a perda de Memória tão bem quanto tocar instrumentos musicais e dançar.
A presidente da Associação de Parentes e Amigos de Pessoas com Alzheimer, Aparecida Guimarães, também vê nas palavras cruzadas um ótimo exercício para o cérebro em qualquer fase da vida. “Assim com ler, resolver desafios permite que o cérebro não pare de ser estimulado”, diz. Mas ela faz um ressalva. “Sugerir que quem já está com Alzheimer deve insistir em fazer exercícios intelectuais é complicado, pois frustra, na medida em que a pessoa tem um déficit cognitivo irrecuperável (para a ciência)”, alerta. “Outros mecanismos podem ser aplicados, mas sempre orientados por um profissional, para não criar falsas expectativas”.


Scientific American Brasil
Demétrius A. Silva
COMUNICAÇÃO COM PACIENTES DEMENCIADOSC

- Pacientes que não conseguem se comunicar pelos meios normais –

· Na comunicação existem duas questões o ouvir e o falar. Ouça com atenção seu paciente. Tente compreender sua necessidade, desejo e sentimento.
· Identifique-se: “Bom dia, Sr. João. Sou fulana de tal, sua cuidadora. Não pergunte a ele quem você é provavelmente pode ser que não se lembre!
· Seja simples no se expressar. Use frases curtas e seja bem objetivo (a) “Vou ajudá-lo com a sua higiene”. Se não entendeu, diga. Se adivinhar espere confirmação. Se precisar tente adivinhar novamente.
· O tom também é importante. Lembre-se de que esses pacientes são mais vulneráveis a sustos. Fale devagar e num tom ameno. E mova-se da mesma forma, devagar, fornecendo apoio e segurança.
· Aproxime-se de forma tranqüila e seja agradável. Este procedimento pode vir a ser imitado pelo paciente.
· Sua estratégia deve ser a de fazer uma pergunta por vez para não confundi-lo, ou ir aos poucos relatando o que espera dele ou vai fazer em seguida.
· Como você muitas vezes atuará como intérprete do paciente, quando ele não responder procure se certificar se está com dor. Pergunte a ele. Cuidado com a sua própria ansiedade, pois muitas vezes pode irritá-lo com muitas perguntas que não consegue responder. Dê tempo para que lhe responda suas perguntas.
· Sempre mantenha um contato olho no olho. Esta é uma das formas que você pode obter sua atenção.
· A primeira linguagem que todo ser humano aprendeu antes da fala e escrita foi a não verbal. O corpo fala. Use expressões faciais e gestos das mãos mostrando o que deve ser feito, por exemplo, ao pentear o cabelo, escovar os dentes, bem como expressões afirmativas, sorrisos, carinhos e aprovação verbal. O toque é outra linguagem que comunica apoio, segurança e afeto.
· A mesma regra citada para pacientes não demenciados quanto à instrução é válida também aqui. Quando for dar uma instrução certifique-se que a TV esteja desligada e que ele não somente ouviu como compreendeu.
· Responda sempre no sentido do que você está percebendo, por exemplo, o desconforto ou a dificuldade, mas sempre no intuito do encorajamento. “Sinto muito que o Sr. esteja irritado sei o quanto isto é complicado!”
· Quando estiver conversando com o paciente perceba também os sinais que ele dá. Note se há sinais de que está desligado ou agitado como mãos agitadas olhar intranqüilo ou testa franzida. Demonstre que percebe que não é a hora ideal para continuar a conversa e que volta mais tarde.
· Ele pode estar com dificuldade em lembrar palavras. Acompanhe o seu raciocínio e gestual e procure encontrar qual é o termo que queriam dizer, mas para isto você precisa de fato estar interessado (a) na comunicação dele. Ao repetir sua última frase automaticamente pode levá-lo a achar sua linha de raciocínio.
· Principalmente o paciente com DA vive o momento, portanto você precisa dar apoio no aqui e agora! Também são muito sensíveis ao tom emocional da comunicação e sentirão a mesma coisa – tensão, irritabilidade, pressa, nervosismo etc.
· Sempre demonstre respeito pelos sentimentos dele, mesmo que os fatos não pareçam corretos.
· Nunca fale dele na sua frente. Ele entende mais do que consegue expressar.
· Como com uma criança, se prometeu algo, cumpra! Se esquecer admita. Ele pode aprender também a aceitar seus próprios erros com sua postura correta.

Baseado no livro de Lisa P.Gwyther –Cuidados com portadores da DA



PARA VOCÊ QUE ENFRENTA O CUIDADO COM PORTADOR DE DA

Seja você um Cuidador familiar ou especialista jamais se negligencie.
Como é difícil, no caso de um filho, por exemplo, constatar a morte social de seu idoso.
Aquele pai ou mãe outrora tão centrado, lúcido e participativo e agora tão dependente, alienado e frágil.
O que esperar da DA com seus estágios inexoravelmente crônicos e degenerativos.
A questão da expectativa muitas vezes gera frustrações. As pessoas devem sempre esperar o melhor e se prepararem para o pior. Em estágios muito avançados de DA o se manter uma rotina simples de higiene e organização da casa pode ser o que de melhor se tenha a fazer no momento. E isso tem tremendo valor para aquele que a despeito de não estar mais participativo tem sido honrado na sua condição de humano com cuidados essenciais à vida.

TOMANDO CONTA DE SI MESMO

Seja gentil consigo mesmo. Você não criou os problemas que enfrenta diariamente,
Você não é um consertador, não pode mudar os pacientes e as famílias, mas PODE mudar sua reação diante deles,
Ache um esconderijo para refúgio quando precisar,
Congratule-se com os colegas pelo sucesso. Permita que eles façam o mesmo,
Mesmo quando você se julgar impotente, fique. Sua presença às vezes é mais importante do que fazer alguma coisa,
Mude a rotina da sua casa, se a rotina do trabalho é cansativa,
Ao voltar para casa, pense numa coisa boa que aconteceu durante o dia,
Seja criativo e tente algo novo nessa velha rotina,
Faça de seu supervisor ou de seu amigo um apoio para melhorar o moral. Duas cabeças pensam melhor do que uma,
Algumas vezes você precisa dizer: “Não, não quero”. As pessoas vão dar mais valor a você quando disser: “Sim, eu quero”. As pessoas precisam de respostas definidas e não de um “talvez” ou ser ignoradas,
Ria, brinque e pare “para sentir o perfume das rosas pelo caminho”.

Adaptado de Olívia Escobosa, BSN e Barbosa McBride, RN, Associação de Alzheimer, Phoenix ,AZ


DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE.

Ø O bem estar na velhice não está simplesmente relacionado com o estado de saúde. As relações sociais*, em geral e o balanço das trocas** em particular, também têm um importante efeito no bem estar dos idosos.
Ø Os sintomas depressivos são menores quando os idosos que recebem ajuda podem retribuí-la.
Ø Ser sobre beneficiado pode contribuir para a percepção de certa perda de autonomia e sentimentos de dependência os quais podem levar a insatisfação, baixa auto-estima e aumento dos sintomas depressivos.
Ø Os que estão socialmente mais integrados relatam menor número de sintomas depressivos.
Ø Falta de integração social rouba o sentido da vida gerando stress e depressão.
Ø A integração social fortalece o acesso as fontes de vida. Fornece um contexto dentro do qual relações de suporte e ajuda podem se desenvolver fora da família.
Ø A intensidade da troca - é uma medida da integração social. Pessoas com altos valores estão mais integradas e por isso devem estar menos depressivas.
Ø Idosos que estão envolvidos em trocas mais freqüentes com familiares apresentam menor número de sintomas depressivos que os demais.
Ø Os arranjos de vida e o estado civil afetam os sintomas depressivos. Casados apresentam menor chance de sintomas.
Ø Mulheres idosas tendem a ser mais depressivas que homens idosos.
Ø Condições crônicas de saúde, os comportamentos de risco, limitações físicas, viver sozinho aumentam os sintomas depressivos.
Ø O resultado da pesquisa oferece evidência adicional de que as relações sociais em geral e o balanço das trocas e a integração social em particular tem implicações para a saúde mental na velhice.
Ø Essas evidências são consistentes com as previsões da Teoria da Equidade e reforçam a idéia de que a saúde mental é negativamente afetada pela falta de interdependência entre membros de uma família.
Ø O contato com amigos e familiares não teve um efeito significativo nos sintomas de depressão sugerindo que a simples presença de um contato social, sem nenhum tipo de troca, não reduz os sintomas.
Ø Devemos, portanto levar em conta os aspectos objetivos quanto os subjetivos das relações sociais ao estudarmos a saúde mental e o envelhecimento.
Ø Trocas balanceadas potencialmente previnem os idosos quanto a sentimentos negativos, tais como se sentirem um peso para a família ou se sentirem explorados por ela
Ø Políticas que promovam atividades sociais ao invés de atividades meramente contemplativas trarão um senso de utilidade entre os idosos. Trabalhos voluntários em creches e hospitais e mesmo em asilos ajudando outras pessoas com poucas redes de suporte social podem promover o bem estar da população idosa enquanto contribuem para auxiliar outros seguimentos da população;


*Segundo a perspectiva da Teoria da Equidade, o aspecto mais importante de uma relação social seria o balanço das trocas entre os atores.
*Integração social – laços interpessoais – número de membros numa rede de relações de uma pessoa ou número de papéis sociais que o indivíduo possui
**Balanço de trocas é o que mensura o conceito de reciprocidade.




Extraído da pesquisa “Os sintomas depressivos e as relações sociais na terceira idade” realizada pela socióloga PhD Marília Ramos da Universidade da Santa Cruz do Brasil –RS-